Em Aveiro para entregar a lista da AD – Coligação PSD/CDS pelo círculo eleitoral do distrito, o primeiro-ministro afastou qualquer solução de Governo com o Partido Socialista, considerando que um entendimento entre as forças políticas não seria bom para o país e que o programa eleitoral do partido de Pedro Nuno Santos levaria ao “empobrecimento” de Portugal. “A nossa proposta passa por, com essa legitimação, não ter nenhuma solução de governo com o PS – acho que isso se percebe, até porque as nossas propostas são, de facto, alternativas, não há aqui nenhuma ideia de bloco central, de aproximação, nem o país precisa, nem é bom para o país, nem nós temos, de facto, propostas que sejam convergentes, independentemente de depois podermos, setorialmente, ter um ou outro entendimento que é bom para o país”, disse à saída do Tribunal de Aveiro.
“Temos o objetivo de criar mais riqueza para poder depois distribuir de forma equitativa e justa, para que todos possam ter mais oportunidades de concretizarem os seus sonhos. A proposta do Partido Socialista é distribuir sem criar, que é o caminho para o empobrecimento. Já tivemos essa resposta no passado”, acrescentou.
O chefe de Governo rejeitou ainda qualquer tipo de aproximação ao Chega, referindo que o partido de André Ventura “não tem nem postura nem maturidade para assumir essa responsabilidade”.
Luís Montenegro salientou também que irá lutar por conseguir uma maioria no parlamento e que só será primeiro-ministro se vencer as eleições marcadas para 18 de maio. “Nós queremos a legitimação do voto popular para podermos executar o nosso programa, nós queremos ter a maioria dos votos dos eleitores, não queremos nenhum acerto, nenhum esquema de, nas costas dos portugueses, encontrar soluções de governo, nós queremos governar tendo mais votos que os outros”, referiu.