Os 227 deputados presentes no Parlamento votaram para o Orçamento do Estado para 2025 esta sexta-feira. Votaram contra o Chega, IL, PAN, Livre, PCP e BE. O PS absteve-se.
O primeiro-ministro defendeu que o Orçamento é um documento do Governo, mas também corresponsabiliza PS e Chega por integrar “propostas importantes”. “Este é um Orçamento do Governo, é um Orçamento dos dois partidos que o suportam na Assembleia da República, mas é um Orçamento que tem a corresponsabilidade do Partido Socialista e do Chega – o maior partido da oposição e o segundo maior partido da oposição -, porque várias das decisões que foram tomadas foram tomadas com o apoio desses partidos, mesmo aquelas que foram tomadas contra a vontade do Governo”, afirmou Luís Montenegro.
Após o momento da votação, os deputados da bancada do Chega exibiram cartazes: “Este Parlamento perdeu a vergonha”.
O PSD considerou que a versão final do Orçamento tem a marca da AD, mas acusou PS e Chega de terem feito coligações negativas, aumentando a despesa em mais de mil milhões de euros.
O presidente do Chega considerou que o Orçamento “é mau” e representa “a continuidade do PS” e concluiu que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, “não serve” ao País.
Paulo Raimundo defendeu que a proposta apresentada pelo Governo devia “responder aos que criam a riqueza” e “garantir a dignidade a quem trabalhou uma vida inteira”.
No sentido oposto, João Almeida, o deputado do CDS-PP que ficou incumbido de fazer a intervenção dos centristas, destacou a “prioridade às pessoas e não ao Estado” e a “redução da carga fiscal” como marcas centristas na proposta. Segundo o mesmo, este é um orçamento que “concretiza os princípios fundamentais que sempre defendeu” e que “avança no combate à ditadura do gosto”.
A deputada do Livre acusou o Governo do PSD/CDS-PP de “não ter os pés assentes na terra” e considerou que este Orçamento do Estado tem as prioridades “todas ao contrário”.”O Livre deixa muito claro: este Orçamento não serve, não traz progresso na ecologia e votaremos contra este orçamento de retrocesso”, afirmou Isabel Mendes Lopes.
A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, frisou que a proposta orçamental não é aquilo que “os animais, o ambiente ou as famílias portuguesas esperavam” e “falhou em refletir as prioridades de um país que se quer mais justo, sustentável e moderno”.