Sem lhe dizer o nome, André Ventura trouxe Pedro Passos Coelho, afirmando que o antigo primeiro-ministro “coraria de vergonha com o apoio [de Luís Montenegro] a António Costa” para a presidência do Conselho Europeu. E subiu a fasquia quando Montenegro lhe disse que “a sua vontade era estar aqui ao meu lado”. Ventura não quer estar ao lado de um primeiro-ministro do PSD. “Não estou aqui para estar ao seu lado, mas para estar no seu lugar de primeiro-ministro”, afirmou, num debate em que até prometeu o fim de todas as portagens.
André Ventura até começou a intervenção no debate quinzenal a atacar o PS e Pedro Nuno Santos, mas assim que começou a criticar o apoio do Governo da AD ao socialista António Costa para o Conselho Europeu, a discussão subiu de tom com Luís Montenegro.
Ventura ataca “medidas cartaz” do Governo
Ventura condenou as “medidas cartaz”, acusou o Governo de “andar a fugir do Parlamento” e de “falhar ao que disse na campanha eleitoral”.
Luís Montenegro atacou as “basófias” de Ventura, agitando a bancada do Chega, e lembrou o desaire sofrido pelo Chega nas eleições europeias, que ficou muito aquém do objetivo eleitoral a que se propôs, como o próprio André Ventura assumiu na noite eleitoral.
“Leiam os meus lábios: vamos acabar com todas as portagens em Portugal. Todas. Não ficará pedra sobre pedra”, reagiu André Ventura, no final de uma intervenção que tinha começado com a acusação ao PSD e ao PS por “mobilizarem imediatamente para controlar a Justiça” e de serem “o sistema a funcionar” ao apoiarem o nome de Costa para a presidência do Conselho Europeu.