Miguel Albuquerque é indigitado, esta quarta-feira, presidente do Goveno Regional da Madeira. A cerimónia terá lugar, às 12h00, no Palácio de São Lourenço, no Funchal.
O representante da República, Ireneu Barreto, optou pela “solução apresentada pelo partido mais votado, o PSD”, que chegou “a um acordo de incidência parlamentar com o CDS, e a não hostilização, em princípio, do Chega, do PAN e da IL” na Assembleia Legislativa da Madeira, o que, previsivelmente, permitirá que o programa de governo seja aprovado.
Na segunda-feira, PS e JPP anunciaram que iriam apresentar a Ireneu Barreto “uma solução de governo conjunta”, ainda que sem maioria absoluta, e conversar com outros partidos. No entanto, o juiz conselheiro considerou que esta solução conjunta “não tem qualquer hipótese de ter sucesso na Assembleia Legislativa”. PS e JPP somam apenas 20 deputados – 11 e 9, respetivamente –, ainda longe dos 24 necesários para alcançar uma maioria (a Assembleia Legislativa da Madeira tem 47 assentos).
“Eu assumo as minhas responsabilidades, farei de tudo para que este Governo funcione, espero que os outros, que têm responsabilidades ao nível da assembleia parlamentar […] saibam honrar o interesse superior da região”, afirmou Ireneu Barreto, em declarações aos jornalistas após ter recebido todos os partidos eleitos.
O PSD venceu as eleições regionais de domingo passado, com 36,1% dos votos, elegendo 19 deputados – apesar da vitória, este é o pior resultado do PSD na Madeira.
A segunda força mais votada foi o PS, repetindo o resultado de 2023: com 21,3% dos votos e apenas 11 deputados eleitos. O JPP viu reforçado o estatuto de terceira força política na região, com 16,9% dos votos e 9 deputados, mais quatro do que em 2023.
Outro dos grandes derrotados da noite foi o Chega. Apesar da presença constante de André Ventura no arquipélago, o candidato Miguel Castro ficou-se pelo quarto lugar, com 9,2% dos votos e quatro deputados eleitos, mantendo os resultados obtidos há um ano (tinha tido 8,8% e elegido os mesmos quatro deputados em 2023).
O CDS-PP elegeu apenas 2 deputados (com 4,0% dos votos) e a IL conseguiu 2,6% dos votos, mantendo o deputado único. Também o PAN voltou a eleger a deputada Mónica Freitas (1,9%). Destaque ainda para Bloco de Esquerda e CDU falharam a eleição para a Assembleia Legislativa da Madeira.