O crime de falsificação de documentos imputado a José Sócrates devido ao arrendamento fictício de um apartamento em Paris vai prescrever em agosto. Para evitar a prescrição, o antigo primeiro-ministro teria que ser julgado e condenado até lá, mas o processo da Operação Marquês continua no Tribunal da Relação de Lisboa, estando os arguidos e Ministério Público a discutir eventuais nulidades do último acórdão que reverteu uma decisão do juiz Ivo Rosa.
De acordo com o Público, há mais dois crimes de falsificação de documentos perto da prescrição: um diz respeito a um contrato com o professor universitário Domingos Farinho, supostamente, para a revisão da tese de mestrado de José Sócrates; e um segundo crime é relativo a outro contrato, desta vez com o autor do blogue “Câmara Corporativa”.
A acusação do MP sustenta que o apartamento situado no nº15 da Avenida Presidente Wilson, em Paris, apesar de ter sido formalmente comprado pelo empresário Carlos Santos Silva, por 2,6 milhões de euros, perteceu, de facto, ao antigo primeiro-ministro. A celebração de um contrato de arrendamento terá sido acordada pelo dois, justamente, para esconder a identidade do verdadeiro dono do imóvel.