Segundo um comunicado da Polícia Judiciária (PJ), a “Operação Piri-piri” contou com a Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, com a Policia Nacional de Espanha e com as agências tributária de ambos os países, “na sequência da qual foi possível desmantelar um grupo criminoso organizado que, deforma reiterada, se dedicava à introdução de grandes quantidades de cocaína no continente europeu”.
De acordo com a PJ, “o grupo em causa, que tinha o seu centro de atividades em Espanha, procedia à importação de diverso tipo de mercadoria em contentores desde a América Latina para dissimular o estupefaciente, socorrendo-se, para o efeito, de diversas empresas legalmente constituídas”.
No decurso das investigações levadas a cabo em Portugal e em Espanha foi possível identificar um conjunto de quatro contentores de sucata provenientes do Panamá, destinados a uma empresa espanhola e com entrada no continente europeu através de um porto português, acerca dos quais as autoridades suspeitavam de “transportarem, dissimulada na mercadoria declarada (sucata de maquinaria industrial), uma grande quantidade de droga”.
As polícias conseguiram seguir os contentores até ao seu destino final, em Espanha, “acabando por proceder à apreensão, em setembro, de cerca de 210 quilos de cocaína que vinha dissimulada no interior de peças de sucata”.
Para além da apreensão da droga e de outros objetos e documentos relacionados com as atividades ilícitas em investigação, foram também detidos, em Espanha, sete pessoas de nacionalidade espanhola e colombiana pela prática dos crimes de tráfico de drogas, branqueamento de capitais e de pertença a associação criminosa, acrescenta.
Segundo a PJ, “esta operação, à semelhança muitas outras realizadas ao longo dos últimos anos em conjunto com as autoridades espanholas e de outros países, demonstra a grande relevância da cooperação policial internacional no combate ao tráfico ilícito de estupefacientes, que constitui uma das maiores ameaças criminais com que a generalidade dos países europeus se confrontam na atualidade”.
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