Os dirigentes da ASPP estiveram hoje reunidos com a secretária de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto, na qual foram abordadas as questões relacionadas com o diploma de higiene e segurança no trabalho e a proposta de regulamentação dos serviços remunerados.
No entanto, o maior sindicato da Polícia de Segurança Pública considera que disponibilizar tempo para discutir os serviços remunerados é “descurar tempo para discutir o essencial”, que é a necessidade de alteração das tabelas remuneratórias na PSP.
“Era importante não perder muito tempo com os serviços remunerados, mas investir esse tempo nas tabelas salariais, que é aquilo que pode mitigar os problemas graves que estão a surgir na PSP”, disse à Lusa o presidente da ASPP.
Paulo Santos considerou que é necessário alterar as tabelas remuneratórias, tendo a ASPP já apresentado uma proposta ao Ministério da Administração Interna (MAI).
Segundo o sindicalista, os serviços remunerados são um pagamento extraordinário e a ASPP quer abordar com o Governo a questão remuneratória, que é um “problema transversal a todos os policias”.
“Tendo em conta os problemas atuais da PSP, que são graves e estruturais, a falta de atratividade, falta de candidatos, trabalho suplementar e cortes. Era importante que o Governo considerasse a necessidade de discutir as tabelas salariais para responder aquilo que é a falta de atratividade e não estivesse aqui com discussões acessórias relativamente aos serviços remunerados, pois não é isso que vai resolver os problemas de raiz que são graves, mas vai apenas adiar os problemas”, precisou.
Paulo Santos esclareceu que a ASPP não quer criar qualquer obstáculo à melhoria da tabela dos serviços remunerados, mas os polícias querem uma melhoria nos salários e consideram urgente esta discussão.
Na proposta sobre as tabelas remuneratórias enviada em março ao MAI, a ASPP defendia que um agente em início de carreira deve passar dos atuais 899 euros para um ordenado base de 1.215 euros, além dos subsídios.
CMP // ZO