João Galamba não conseguiu precisar, esta quarta-feira, na Comissão Parlamentar de Inquérito, se quando deu conta à Polícia Judiciária, na noite de 26 de abril, do suposto furto do computado do Ministério deu conta do envolvimento do Serviço de Informações e Segurança (SIS) no caso. Questionado pelo deputado do BE Pedro Filipe Soares sobre este tema, o ministro das Infraestruturas, depois de descrever uma série de contactos com a ministra da Justiça e ministro da Administração Interna, respondeu: “Não me lembro, acho que não”.
Durante a inquirição do deputado do Bloco de Esquerda, João Galamba garantiu que não mentiu ao país e que o comunicado a informar que a ex-CEO da TAP manifestou interesse em participar na reunião preparatória do grupo parlamentar do PS, em janeiro, “é 100% válido”
Naquele comunicado, o ministério referia que a então CEO manifestou interesse em participar na reunião preparatória e que o ministro disse que podia ir.
Mais tarde, em conferência de imprensa no dia 29 de abril, João Galamba disse que tinha tido uma outra reunião, em 16 de janeiro, com Christine Ourmières-Widener, onde lhe falou da reunião que ia acontecer no dia seguinte.
O ministro das Infraestruturas considerou que as privatizações passadas da TAP, tentadas e uma concretizada, “foram remendos com parceiros pouco fiáveis” com modelos de negócio pouco sustentáveis, sublinhando que o decreto-lei para a próxima abertura de capital permitirá diferentes opções
“As privatizações passadas e várias tentativas, de facto, no nosso entendimento foram remendos com parceiros pouco fiáveis, com modelos de negócios pouco sustentáveis e, de facto, concordo com o senhor deputado [Bruno Dias, PCP], de que as múltiplas experiências passadas, tentadas e uma em concreto concretizada e depois alterada não são de facto exemplos de processo”, afirmou João Galamba, na comissão parlamentar de inquérito à TAP.
O ministro acrescentou que o modelo para a próxima abertura de capital não está ainda definido, o que acontecerá na publicação do decreto-lei, que será “suficientemente aberto” para permitir várias opções.
“O senhor primeiro-ministro já disse publicamente que o Estado português deseja manter uma participação na TAP. A preocupação do Governo é e tem sido sempre em toda a nossa atuação, em particular na minha, […] tem sido defender a TAP, defender a sustentabilidade futura da TAP”, sublinhou.