André Ventura defendeu, esta quarta-feira a entrega do telemóvel de serviço de Frederico Pinheiro no ministério das Infraestruturas à comissão parlamentar de inquérito para que o mesmo seja analisado pela Polícia Judiciária. O líder do Chega, que assumiu funções na CPI, declarou que o aparelho tem uma importância central na “descoberta da verdade”, uma vez que algumas mensagens entre o ex-adjunto e João Galamba, apagadas no ministério, ainda podem ser recuperadas pela Polícia Judiciária através de uma perícia.
Frederico Pinheiro respondeu estar “há três semanas” à espera que o ministério das Infraestruturas lhe peça o telemóvel, aceitando entregar o telemóvel à Polícia Judiciária.
Federico Pinheiro, ex-adjunto de João Galamba no ministério das Infraestruturas, declarou pela primeira vez, esta quarta-feira, na Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP, ter sido ter sido alvo de uma campanha difamatória e ter sido “ameaçado pelo SIS”, detalhando a forma como entregou o computador ao agente durante a noite, tal como a VISÃO contou em primeira-mão.
O antigo adjunto de João Galamba referiu ter sido alvo de “coação e abuso de poder”, afirmando que, ainda hoje, ainda possuiu o telemóvel de serviço, que também pode conter documentos confidenciais. “O objetivo era recuperação do computador pessoal, onde tinha as notas das reuniões”, declarou Frederico Pinheiro, numa primeira intervenção na Comissão de Inquérito à TAP.
O antigo adjunto revelou ainda que o gabinete do ministro só classificou os documentos relativos à TAP após os mesmos terem sido pedido pela comissão parlamentar de inquérito. E mais: foi o próprio Frederico Pinheiro quem sugeriu a sua classificação.