Daqui a uns anos ainda iremos ouvir falar do “verão quente de 2022”. Para já, todos os políticos vão a banhos. Todos? Não; ou, pelo menos, não podem ir sem telemóveis à prova de água, porque a habitual silly season parece não querer dar descanso a alguns. Que o diga o novo ministro da Administração Interna. Como se não bastasse a difícil época de incêndios, que, com o País mais seco do que um carapau, tem deixado milhares de portugueses com o coração nas mãos, José Luís Carneiro enfrenta, nesta altura, uma falta de polícias, após ter arranjado uma solução provisória para a crise nos aeroportos, devido à turbulência no SEF e à contestação corporativa pela mobilização de efetivos da PSP para reforçarem o controlo fronteiriço – e tudo isto a juntar-se ao caos dos serviços de handling, uma praga pós-pandemia que grassa em centenas de aeroportos por esse mundo fora. José Luís Carneiro arrisca-se a não gozar umas férias descansadas e, se houver azar, a nem sequer poder repetir a frase que, em 15 de outubro de 2017, após os incêndios de Pedrógão Grande e de Oliveira do Hospital, demitiu uma sua antecessora (Constança Urbano de Sousa): “Se eu me tivesse ido embora, teria gozado as férias que não tive.”
As histórias mais incríveis dos políticos em férias
As histórias mais incríveis dos políticos em férias
O coqueiro de Cavaco, o seu prato de caracóis e a sua casa da Coelha; os gastos de Sócrates no processo Marquês; a modelo em "topless" colocada no caminho de Soares; os guias de viagem preparados por Guterres; o decreto assinado de cruz por Assunção Cristas; e a "rentrée" da vida de Passos Coelho – histórias de férias que mudaram a política, demitiram ministros e, literalmente, derrubaram um ditador...