Mais de 600 jornalistas de 117 países participaram na maior investigação jornalística mundial.
Foram reunidos 11,9 milhões de ficheiros confidenciais originários de alguns dos maiores paraísos fiscais do mundo:
–6 406,119 documentos (incluem mais de quatro milhões de PDF’s, mais de 1,79 milhões de documentos Word e outros formatos)
–2 937,513 imagens
–1 205,716 e-mails
–467 405 gráficos
–8 511 apresentações
–3 497 áudios
–1 421 vídeos
–873,494 outros documentos
Armazenada, esta informação soma 2,94 terabytes de dados confidenciais provenientes de 14 prestadores de serviços offshore em, pelo menos, 38 jurisdições.
Há cinco anos, a investigação Panama Papers reuniu 2,6 terabytes de dados em 11,5 milhões de documentos de um único provedor, o agora extinto escritório de advocacia Mossack Fonseca.
Há quatro anos, a investigação Paradise Papers condensou 1,4 terabytes de dados em mais de 13,4 milhões de arquivos de um escritório de advocacia offshore, Appleby, bem como da Asiaciti Trust, um provedor com sede em Singapura, e registos corporativos governamentais em 19 jurisdições sigilosas.
A investigação Pandora Papers permitiu identificar os donos de 29 mil companhias offshore, com beneficiários de mais de 200 países, com a Rússia, Reino Unido, China e Brasil a encabeçar o ranking. Mais do dobro do número de proprietários encontrados há cinco anos na investigação dos Panama Papers, que se baseou numa fuga de informação de uma única firma de advogados.
Da lista de beneficiários das offshore fazem parte 35 atuais e antigos Presidentes e primeiros-ministros, além de 336 políticos em 91 países.
Há mais de 130 milionários provenientes de 45 países, incluindo 46 oligarcas russos. De acordo com a Forbes, cem desses milionários tinham uma fortuna coletiva em 2021 superior a 500 mil milhões de euros.
Há mais de dez biliões de euros (10.000.000.000.000) de património e dinheiro detidos através de jurisdições offshore no mundo inteiro, segundo um estudo feito pela OCDE em 2020.