O Partido Socialista recolhe o favoritismo, mas os sociais democratas têm encurtado, discretamente, a diferença para os socialistas, desde o início do ano. Bloco e Chega disputam terceiro lugar e a Iniciativa Liberal está a ganhar terreno. Se as eleições legislativas fossem amanhã, quem sairia vencedor e quem sairia vencido?
PSD encurta a diferença para o PS
27 de agosto. Sondagem da Intercampus para o Jornal de Negócios, Correio da Manhã e CMTV
A distância ainda é longa, mas já foi maior. Os sociais democratas cresceram na sondagem da Intercampus para o Negócios e Correio da Manhã, de forma consecutiva nos últimos três meses, e reúnem agora 25,1% das intenções de votos para as Legislativas (mais 3,4% que em maio, pela mesma sondagem). 9,6 pontos percentuais é o que separa PSD do PS.
Já o Bloco de Esquerda consolida-se no terceiro lugar, com 9,1% das intenções, depois de ter andado a par e passo com o Chega, que apresenta neste inquérito 7,5% (menos 1,5 pontos percentuais e o pior resultado do partido de André Ventura desde maio). A Iniciativa Liberal continua a destacar-se, tendo duplicado as intenções de votos face ao barómetro da Intercampus anterior e contribui, cada vez mais, para o resultado da Direita, que, em conjunto, representa agora 40,3%. Todavia, a esquerda continua a levar a melhor, com 49,2% das intenções de votos.
Iniciativa Liberal a crescer
27 de agosto. Barómetro da Eurosondagem/Libertas para o Nascer do SOL
O líder da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, ultrapassou, pela primeira vez, Catarina Martins (BE) e Francisco Rodrigues do Santos (CDS) no ranking da popularidade e o partido acompanha-o, aumentando a distância em relação ao PAN e ao CDS. É a subida mais expressiva neste barómetro da Eurosondagem, em que o PS reforça a tendência para a maioria absoluta.
Bloco e Chega empatados
19 de julho. Sondagem da Aximage para o Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF
Uma décima: é o que separa o Bloco de Esquerda (7,8%) do Chega (7,7%). O primeiro partido desce face a sondagens anteriores e o segundo sobe. Também a CDU dá uma queda para o sexto lugar, ficando atrás da Iniciativa Liberal.
A descida da esquerda estende-se ao PS, que passou de 39%, em junho, para 37,2% este mês. Mesmo assim, se as eleições fossem hoje, os socialistas poderiam formar governo com mais 12 pontos percentuais que o PSD.
Se a Direita se unisse conseguiria ultrapassar PS
1 de março. Sondagem da Aximage para o Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF
A soma das intenções de votos de todos os partidos à direita ultrapassa um PS em queda. Os socialistas surgem no barómetro de fevereiro da Aximage para o DN, JN e TSF com 37,6%; menos 2,3 pontos percentuais que em janeiro, mês em que a pandemia de Covid-19 acelerou. O PS – que chegou a estar acima dos 40% em dezembro – pode estar a pagar a fatura do descontrolo da pandemia, que não se reflete, no entanto, na confiança para com primeiro-ministro.
O PSD, em segundo, tem agora 26,5% das intenções de voto dos portugueses para as legislativas (em janeiro tinha 26,6%). Mesmo assim, a direita cresce graças à Iniciativa Liberal, que subiu de 3,5% no primeiro mês do ano para 5,7% agora – o maior aumento desta sondagem, em linha com o que outro inquérito, da Intercampus para o Negócios, mostrava na semana passada. Já o CDS – no final da tabela – mantém estagnado com 0,8% e o Chega regista a segunda maior queda, de 7,5% para 6,5%, o que permitiu ao Bloco de Esquerda recuperar o terceiro lugar.
Ou seja, a direita em conjunto (incluindo o Chega) alcança, este mês, os 39,5% das intenções de voto, um resultado ainda inferior ao da esquerda, mas superior ao do partido do Governo.