O enredo parece um remake daquele que antecedeu as últimas autárquicas, mas desta feita as partes envolvidas acreditam que haverá um desfecho mais feliz. Se, em 2017, o PSD e Isaltino Morais não conseguiram restabelecer uma relação que durou quase três décadas, nas próximas eleições para o poder local, apurou a VISÃO, a reaproximação entre o partido e o histórico presidente da Câmara Municipal de Oeiras pode mesmo acabar em segundas núpcias. Oficialmente, ainda ninguém confirma a troca de alianças, mas, sob anonimato, das bases à direção de Rui Rio, lá se confessa que a corte ao autarca está em curso.
“O PSD tem de voltar a chamar os seus melhores e vai fazer tudo para ter Isaltino como candidato”, admite um dirigente conhecedor das abordagens que as estruturas têm vindo a fazer, nos últimos tempos, ao líder do executivo camarário de Oeiras. “Há quatro anos, achou-se que era possível um entendimento e, agora, o clima de reconciliação continua a existir”, garante outro social-democrata bem colocado, convicto de que a única forma de o partido voltar a ter poder e influência no concelho é selando um acordo com Isaltino.
Em todo o caso, as conversações podem arrastar-se. Desde logo porque o peso negocial das partes é bastante desigual – a favor de Isaltino, que obteve 41,65% dos votos e, com isso, maioria absoluta no último sufrágio. Além disso, há soluções para todos os gostos, que implicam diferentes graus de compromisso e, por conseguinte, de liberdade. Quem tem responsabilidades no PSD, na concelhia, na distrital ou na cúpula, é contido, até porque a palavra final caberá a Rui Rio. Oeiras – ou “a câmara do Isaltino”, como lhe chamam altos-responsáveis do partido – é “uma questão nacional”, sublinha uma fonte ouvida pela VISÃO.
Este artigo não está disponível na íntegra no site. ASSINE AQUI e leia a edição digital da VISÃO em primeira mão.
Se JÁ É ASSINANTE da VISÃO digital, leia na aplicação a nova edição ou clique AQUI.