Primeiro surgiram as denúncias sobre as fraudes em Pedrógão Grande, agora aparecem as suspeitas de que também em Castanheira de Pera e em Figueiró dos Vinhos possam ter existido irregularidades.
A VISÃO teve acesso ao relatório do Levantamento de Danos em Edifícios de Habitação em Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, elaborado pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), e os números estão longe de coincidir com aqueles que têm vindo a ser divulgados pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e pelo Revita, o fundo criado pelo Governo para gerir os donativos dos portugueses.
A magnitude das discrepâncias impressiona. Segundo o documento do IHRU que foi entregue ao Governo e à CCDRC, no total dos três concelhos teriam ardido 155 primeiras habitações, ou seja, menos 96 do que a CCDRC tem vindo a indicar e 94 abaixo do que tem sido apontado pelo Revita. A diferença na contagem é de 39 imóveis em Castanheira de Pera e de nove em Figueiró dos Vinhos.