O PSD anunciou esta sexta-feira que Marco Almeida, antigo vice-presidente da Câmara Municipal de Sintra, está de regresso ao partido, após a expulsão que se seguiu às autárquias de 2013. Segundo um e-mail enviado pelos sociais-democratas aos jornalistas, a decisão do vereador sintrense “vem na sequência da eleição de Rui Rio como presidente da Comissão Política Nacional”.
Militante desde dezembro de 1992, Marco Almeida cessou a inscrição no PSD a 27 de fevereiro de 2014, depois de ter sido candidato nas autárquicas de 2013, numa lista independente, à revelia do partido, que optou por avançar com Pedro Pinto, na altura vice-presidente da direção de Pedro Passos Coelho.
Ora, se Marco Almeida aceitou voltar a filiar-se no PSD, António Capucho recusa fazê-lo. O ex-secretário-geral do partido tinha demonstrado vontade de voltar às hostes sociais-democratas com Rio na liderança, mas discorda da necessidade de ter de se filiar. O entendimento do antigo ministro dos Assuntos Parlamentares de Aníbal Cavaco Silva é que a expulsão (de que outros 14 militantes também foram alvo) deveria ser anulada.
Em março, aliás, Capucho, Almeida e os outros 14 militantes afastados enviaram um requerimento ao Conselho de Jurisdição Nacional (CJN) através do qual apelavam ao regresso pela via da anulação do acórdão de desfiliação de 2014, uma vez que consideraram tratar-se de um “erro” do partido. Porém, os membros do CJN, eleitos no Congresso de fevereiro, entenderam que a solução proposta não colhia.
Em declarações à VISÃO, Capucho garante não estar disponível para voltar “assinando uma nova ficha [de militante]”. “Como o CJN se enganou quando me expulsou – é a minha tese -, cometeu um erro, que reconheceu ao voltar a convidar-nos para integrarmos as listas do PSD, penso que deve haver um ato de amnistia em relação a mim e aos militantes de Sintra que quiserem regressar ao partido”, assegura o antigo dirigente “laranja”, que foi cabeça de lista à Assembleia Municipal de Sintra tanto nas autárquicas de 2013 como nas do ano passado.