Desde 27 de novembro de 2015, desempenho as funções de Deputado à Assembleia da República, responsabilidade à qual me dedico com zelo e exclusividade.
No passado dia 4 de maio de 2017, tomei conhecimento do conteúdo da peça “O Bom amigo”, subscrita por Sílvia Caneco, nas páginas 66 e 67, da edição nº 1261 da Revista “Visão”.
Em 2015, nas vésperas da designação da lista de deputados do PS já tinha sido confrontado com algumas destas insinuações referidas na peça supramencionada. Por meu pedido expresso e apesar de tal não ser necessário, tive oportunidade de publicamente as refutar uma a uma com evidências documentais das Finanças, Segurança Social e Tribunal, tendo o assunto ficado esclarecido e encerrado.
Reponhamos a verdade:
1. A maioria dos supostos factos remontam ao ano de 2013. Cabe-me destacar que à data não desempenhava as funções de Deputado, nem tão pouco de Presidente do PS Barreiro, e que os mesmos ocorreram em contexto não profissional ou político.
2. Nunca fui favorecido por qualquer entidade ou cidadão e qualquer insinuação em sentido contrário consubstancia a afirmação de factos falsos que não posso deixar de repudiar.
3. Nunca na minha vida se consumou a penhora de qualquer senha, ou outra forma de vencimento, não obstante ter sido notificado da existência de uma coima, de cerca de 150€, que havia sido afinal atempadamente liquidada. Após endossar os comprovativos o processo foi automaticamente arquivado. Nunca incumpri com as minhas obrigações fiscais e despesas sociais.
4. Sobre o meu percurso académico cabe-me apenas esclarecer que de facto ingressei no Instituto Superior Técnico, há cerca de 15 anos, e hoje frequento o ISEG, onde acedi após prestar provas nacionais, públicas e abertas. Nunca menti sobre licenciaturas e nunca deixei de assumir outra coisa que não a verdade.
No que se refere à peça que ora respondo, noto que todo o dano aos visados poderia ter sido evitado, ou mitigado, assim me tivesse sido permitido contraditar os supostos factos em tempo útil, o que manifestamente não se registou. Apesar dos mesmos remontarem há anos atrás, a Visão enviou-me um email no dia 2 de maio, pelas 17h11, exigindo uma resposta até às 19h30 desse mesmo dia. Desde o primeiro contacto, disponibilizei-me para responder com a mesma verdade com que pauto a minha vida pessoal e profissional, tendo de imediato procedido à recolha da documentação que prova a falsidade da maioria das acusações que me são feitas. No entanto, a Visão optou por publicar a peça sem confirmar a veracidade da totalidade da informação que a sustenta.
Não é por uma acusação ser repetida muitas vezes que se torna verdade. Os alegados factos vertidos na peça, não têm ligação entre si, ocorreram há anos, alguns já foram julgados e sentenciados, outros não passam de mera e cabal mentira, todos com a intenção clara de julgar o meu caracter e difamar o meu nome.
Sou casado, responsável por duas crianças e ao longo da vida cometi, e certamente voltarei a cometer, erros.
Cumpro a lei, respeito o meu mandato e os cidadãos que me elegeram.
André Pinotes Batista
Nota da Direção:
A VISÃO tentou, por várias vezes, ao longo do dia 2 de maio, contactar o sr. André Pinotes Baptista para o número de telemóvel que o deputado apresentou ao tribunal e à Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais. Na ausência de resposta aos contactos telefónicos e a um sms, a VISÃO enviou as questões para o email do sr. deputado junto da Assembleia da República e para a caixa de mensagens do seu perfil de Facebook, tentando todas as vias de contacto possíveis para dar ao visado a possibilidade de exercer o seu direito ao contraditório.