Portugal tem sido um lugar tranquilo. Ataques terroristas parecem episódios longínquos, dos quais o país tem estado a salvo. Mas nem por isso os portugueses parecem sentir-se muito mais seguros do que os seus parceiros da União Europeia que já foram confrontados nos seus territórios com atentados protagonizados pelo autoproclamado Estado Islâmico.
Um estudo mundial do Worldwide Independent Network (WIN), divulgado hoje pelo El Confidencial, mostra que 39% dos portugueses temem ser alvo de um atentado terrorista. Bastante menos do que os franceses, que ocupam o topo da tabelas dos países da UE, com 64% a achar que o país pode voltar a ser atacado pelo Estado Islâmico. Mas ainda assim, Portugal está à frente da Bélgica, que tem apenas 34%, apesar dos atentados de Bruxelas em março de 2016.
A Espanha ocupa o segundo lugar, com 59% dos espanhóis a acreditar que é muito provável que haja um ataque terrorista no país.
À escala mundial, os europeus nem são dos mais receosos com os atentados terroristas. No Bangladesh a percentagem sobe para os 88%, numa tabela que tem no top três Filipinas, com 79%, e Turquia com 78%.
O estudo divulgado pelo El Confidencial analisa também os receios dos povos consoante a religião. E constata que são os países onde existe o maior número de muçulmanos, que mais se sentem ameaçados pelo Estado Islâmico. Os cristãos representam 21% dos que se sentem em perigo.