Já foi ministro com António Guterres, com José Sócrates e, agora, com António Costa. Agora, na pasta dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva defende a “geringonça” de que no início desconfiou – “Não há nada mais engenhoso do que uma geringonça” – e reconhece ao atual primeiro-ministro a capacidade de continuar a surpreendê-lo.
Numa longa entrevista no seu gabinete do Palácio das Necessidades, Santos Silva falou das relações diplomáticas com Angola, recusou a anti-espanholização que tem crescido em Portugal a propósito da propriedade dos bancos nacionais e deixou a garantia de que o Governo não se mete “nas decisões do banco C ou D, ou da empresa A ou B”.
Sobre o futuro do PS, não fechou a porta a uma coligação pré-eleitoral com os partidos da esquerda mas diz que é preciso perguntar aos socialistas em 2019. Uma coisa é certa: “o apelo ao voto útil não será o mote de campanha do PS”