O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentes, Miguel Relvas, afirmou esta terça-feira que recebeu mensagens de telemóvel do ex-diretor do SIED Jorge Silva Carvalho com “sugestões de nomes” para eventuais cargos nos serviços de informações, às quais não respondeu.
“Recebi ‘sms’ com sugestão de nomes, aos quais não respondi”, afirmou Miguel Relvas no Parlamento, durante uma audição na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
O ministro respondia às perguntas da deputada do PS Isabel Oneto, designadamente à questão sobre se tinha recebido “algum ‘sms’ com nomes de eventuais agentes dos serviços de informação para cargos que alegadamente o doutor Jorge Silva Carvalho entenderia que eram as pessoas indicadas para locais certos”.
Miguel Relvas afirmou na mesma comissão que nunca recebeu “relatórios” do ex-diretor do SIED Jorge Silva Carvalho, mas que recebeu “um ‘clipping’ de imprensa que era informação aberta”.
Durante uma audição, pedida pelo BE, Miguel Relvas desvalorizou esses “‘clippings’ de imprensa”, referindo que continham “informação aberta” e que começou a apagá-los depois de receber os “primeiros exemplares”.
Na mesma audição, o ministro adjunto negou ter recebido por e-mail qualquer “plano de reestruturação” ou “relatório de reestruturação” dos serviços de informações da parte de Silva Carvalho. Quanto às comunicações por telemóvel, Miguel Relvas afirmou que “recebia sms [mensagens escritas] do doutor Jorge Silva Carvalho” e que respondeu a alguns deles, “por deferência”.