O primeiro ministro considerou hoje uma “infâmia” e uma “ignomínia” dizer-se que Luís Figo apoiou o PS nas eleições legislativas a troco de favores e afirmou desconhecer o contrato celebrado entre a Taguspark e este antigo futebolista.
Na entrevista que concedeu à SIC, no programa “Sinais de Fogo”, o jornalista Miguel Sousa Tavares confrontou José Sócrates com o contrato publicitário celebrado entre a Taguspark e este jogador no valor de 750 mil euros em três anos, interrogando-o se havia alguma ligação com o apoio público manifestado por Luís Figo ao PS nas últimas eleições legislativas.
“Recuso essa interpretação e considero-a uma ignomínia. O apoio que o Luís Figo deu ao PS e a mim próprio foi livre, generoso e independente de qualquer contrato, que aliás desconhecia”, respondeu o primeiro ministro.
O primeiro ministro afirmou ainda que, se alguém invocou o seu nome nas escutas referentes à tentativa compra da TVI pela PT, fê-lo de forma “abusiva” e defendeu-se neste caso invocando o despacho do Procurador Geral da República.
Na parte inicial da entrevista, em que se abordaram as escutas realizadas no âmbito do processo “Face Oculta”, José Sócrates foi confrontado com as referências feitas ao seu nome pelo ex-administrador da PT Rui Pedro Soares e pelo advogado Paulo Penedos.