Ainda estão a ser definidos os grupos prioritários da população que deverão receber primeiro as vacinas, mas Ana Jorge lembrou que “as crianças são sempre um grupo populacional mais afecto a tudo o que são infecções respiratórias virais”.
Durante o Inverno, as crianças mais pequenas têm muitas infecções, febre, tosse e constipações. “A criança, porque ainda está a desenvolver o seu sistema imunitário, tem mais probabilidades de ter infecções” do que o resto da população, explicou a ministra, à margem da cerimónia comemorativa dos 30 anos do Serviço Nacional de Saúde, que está a decorrer em Lisboa.
“Todas as crianças que têm patologia crónica terão indicação” para tomar a vacina, salientou a ministra, adiantando que está a ser avaliada a possibilidade de abranger também outras crianças.
Mas, sublinhou Ana Jorge, aguarda-se “mais conhecimento sobre os efeitos da vacina e os riscos/benefícios de dar mais vacinas às crianças”.
A ministra acrescentou que a Organização Mundial de Saúde está a estudar esta situação para dar indicações, que serão depois implementadas em Portugal.
Portugal já decidiu fazer a pré-reserva de vacinas contra o vírus da gripe A (H1N1) para 30 por cento da população e está a negociar com diferentes laboratórios farmacêuticos.
“Existe já a garantia de que teremos a quantidade necessária, assim que a vacina for produzida”, o que deverá acontecer em finais de Novembro, garantiu terça-feira Ana Jorge.
Portugal tem 57 casos confirmados de gripe A (H1N1), muitos dos quais se referem a crianças e jovens.
Ana Jorge reiterou que o aumento de casos – 57 no total, desde Maio – “já era previsível pelas autoridades de saúde pública” e renovou apelos à calma, lembrando que, “na maioria dos casos, a doença já foi tratada e as pessoas retomaram as suas vidas”.