Antigo secretário-geral do PS (1986 a 1989), é desde 2000 Governador do Banco de Portugal (entre 1985 e 1986 ocupou pela primeira vez esse cargo). Fez parte de vários governos. Na sequência dos escândalos (BCP, BPN e BPP) que têm abalado a credibilidade da banca e sistema financeiro, ajudando a minar a confiança dos agentes económicos, o governador da entidade que tem como missão supervisionar a banca tem ouvido acusações de todos os lados quanto à alegada inércia e silêncio do Banco de Portugal perante as irregularidades cometidas por instituições sob a sua alçada. Uns dizem que não actuou com todos os meios ao seu alcance, outros que a supervisão é sonolenta. Há ainda quem diga que só graças à crise é que actuou, quando as coisas se haviam tornado demasiado óbvias. O CDS e o Bloco de Esquerda chegaram mesmo a pedir a sua demissão. Em Novembro, defendia-se: “Nada me pesa na consciência em termos de ter cometido qualquer acto para ter contribuído para esta situação [do BPN]”.
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