A informação sobre o ataque àquela cidade ucraniana foi confirmada pelo líder-adjunto da administração presidencial da Ucrânia.
“Que o nascimento do salvador instile consolo, instile esperança; e inspire a medidas concretas que possam de vez conduzir ao fim dos combates e à paz. Rezemos muito pela Ucrânia e pela paz”, pediu o Papa Francisco, no dia em que a Igreja Católica celebra um evento designado como “a Epifania do Senhor”.
A figura máxima da Igreja Católica Romana transmitiu também os seus “melhores desejos às comunidades das Igrejas orientais”, tanto católicas como ortodoxas, que, por não seguirem o calendário gregoriano, celebrarão o Natal no sábado.
“De forma especial, queria desejar o melhor aos irmãos e irmãs do atormentado povo ucraniano”, concluiu.
O Papa — que na quinta-feira oficiou, na praça de São Pedro, perante uma multidão, as exéquias solenes do papa emérito Bento XVI — lamentou durante a missa de hoje de manhã, que celebrou na basílica de São Pedro, que a sociedade atual ofereça “tranquilizantes da alma” que são “substitutos para sedar as nossas inquietações e apagar” as perguntas sobre a felicidade e a vida plena.
Lamentou também que a sociedade de hoje tenha perdido “o sentido da adoração” e instou os crentes a não terem medo das “preocupações” e a potenciarem “a coragem” para assumir os “riscos do caminho” da busca de Deus, como fizeram os Reis Magos.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa — justificada por Putin com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia — foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 317.º dia, 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
ANC // APN