A cidade de Bucha foi completamente destruída pelos soldados russos. Após a retirada do exército de Putin do local, foram encontrados mais de 300 corpos de civis espalhados e abandonados pelas ruas da cidade. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou este domingo os líderes russos de “tortura e assassínios”.
Nas imagens, observam-se civis que foram aparentemente torturados, amarrados e mortos. A organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) denuncia, num relatório, que “execuções sumárias” e “outros abusos graves” foram cometidos nas áreas da Ucrânia sob controlo russo que podem constituir crimes de guerra.
“A União Europeia (UE) está a ajudar a Ucrânia e as ONG [organizações não-governamentais] a reunir as provas necessárias para os procedimentos perante os tribunais internacionais”, disse o presidente do Conselho Europeu. “Mais sanções e ajuda da UE estão a caminho”, acrescentou.
A Rússia já negou “categoricamente” as acusações de “massacre” e “genocídio” e anunciou uma “avaliação judicial da provocação” ucraniana.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2017, entre os quais 168 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos. A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.