Os ataques russos não pararam: casas, escolas, hospitais e recintos foram destruídos e o número de mortos continua a aumentar.
Na cidade de Chernihiv, casas, hospitais e bibliotecas foram alvo de bombardeamentos. Lesia Volodymyrivna Vasylenko, deputada do parlamento na Ucrânia, partilhou uma imagem de um prédio destruído na cidade, afirmando que o mesmo aconteceu em Kharkiv. “Apenas algumas horas de sono e tudo isto acontece”, lê-se na publicação do Twitter.
Já na madrugada desta segunda-feira um incêndio eclodiu num edifício no bairro de Obolon, em Kiev. A deputada afirma que morreram duas pessoas e existem pelo menos quatro feridos, mas as autoridades ainda estão a realizar operações de resgate. Na publicação, Lesia Volodymyrivna Vasylenko coloca a hastag #NoFlyZoneOverUkraine [a pedir o estabelecimento de uma zona de exlusão aérea sobre a Ucrânia].
Um hospital e vários edifícios residenciais na cidade de Mykolaiv também foram bombardeados. O médico chefe da unidade de saúde, Maksim Beznosenko, já disse que estavam centenas de pacientes no hospital durante o ataque, e que este não causou vítimas.
Numa publicação feita este domingo, a deputada partilha um vídeo de uma escola destruída. Mencionando a Microsoft, a Oracle e a SAP, questiona: “Vocês são conhecidos por projetos educacionais e apoio às escolas, e ainda assim continuam a operar na #Rússia, que destrói escolas. Onde está a lógica?”
A guerra na Ucrânia, que entrou esta segunda-feira no 19.º dia, provocou milhares de mortos e feridos, mas o número preciso está ainda por determinar. As informações sobre baixas militares e civis indicadas por cada uma das partes carecem de verificação independente.
A ONU contabilizou cerca de 600 civis mortos e mais de mil feridos até ao fim de semana, mas alertou que o número deverá ser substancialmente superior.
Mais de 2,5 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia para países vizinhos desde o início da guerra, naquela que já é considerada a prior crise do género na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-45).