A cerimónia de investidura de Daniel Chapo, 48 anos, está a decorrer na Praça da Independência, no centro de Maputo, sob fortes medidas de segurança no exterior e no acesso ao recinto, face ao anúncio de manifestações e protestos, convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados das eleições de 9 de outubro.
Chapo leu o termo de posse e prestou juramento às 11h12 locais (menos duas horas em Lisboa), perante os aplausos dos convidados. Conforme previsto no programa da cerimónia, a presidente do Constitucional, Lúcia Ribeiro, recebeu os símbolos do poder pelo Presidente cessante, Filipe Nyusi, e poucos minutos depois fez a investidura de Daniel Chapo como novo Presidente da República de Moçambique.
O programa oficial da cerimónia inclui ainda discursos oficiais, momentos culturais, 21 salvas de canhão, a revista à Guarda de Honra das Forças Armadas de Defesa de Moçambique pelo novo comandante-em-chefe e um desfile militar.
Os Presidentes da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, são os únicos chefes de Estado presentes na cerimónia de hoje, com 2.500 convidados, que incluem três vice-Presidentes, (Tanzânia, Maláui e Quénia), os primeiros-ministros de Essuatíni e do Ruanda e oito ministros, incluindo o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel.
A eleição de Daniel Chapo tem sido contestada nas ruas desde outubro, com manifestantes pró-Mondlane — candidato que segundo o Conselho Constitucional obteve apenas 24% dos votos mas que reclama vitória — em protestos a exigirem a “reposição da verdade eleitoral, com barricadas, pilhagens e confrontos com a polícia, que tem vindo a realizar disparos para tentar a desmobilização.