O Presidente Alexander Lukashenko apresentou ao parlamento, que permanece sob o seu estrito controlo, uma proposta de lei relacionada com a suspensão do tratado.
O tratado, assinado em 1990, impõe um limite no número de tanques, veículos de combate, aviões e artilharia pesada que possam permanecer estacionados na Europa. O objetivo consistia em manter um equilíbrio militar entre o Ocidente, integrado na NATO, e os países do extinto Pacto de Varsóvia (aliança militar do antigo bloco soviético), em pleno período da Guerra Fria.
A Rússia retirou-se do tratado em 2023, e os países da NATO incluídos no acordo também suspenderam a participação. Ao colocar-se fora do tratado, a Bielorrússia poderá reforçar a sua capacidade militar.
“A suspensão da participação da Bielorrússia no tratado CFE afeta a balança de poder e de segurança na região euro-atlântica e envia um sinal aos países ocidentais de que Minsk pretende tornar-se num ator militar ativo na região”, considerou o analista militar bielorrusso Alexander Alesin, citado pela agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP).
A Bielorrússia possui no território armas nucleares táticas russas, para além de mísseis e tropas.
O país tem sido utilizado pela Rússia como ponto de partida para o envio de tropas em direção à Ucrânia, mas as forças bielorrussas não se envolveram na guerra, que entrou no seu terceiro ano.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
PCR // SCA