“Os mesmos serão realizados, provavelmente, no período da tarde, logo que as condições meteorológicas mostrarem melhorias assinaláveis”, referiu a companhia aérea estatal, em comunicado.
Devido ao “quadro meteorológico”, a LAM já teve de cancelar alguns voos na terça-feira e uma aeronave da companhia teve de “aterrar num destino alternativo”.
Depois da província de Inhambane, os efeitos da tempestade tropical severa “Filipo” fazem-se sentir desde terça-feira à noite em Maputo, com relatos de várias inundações e casas afetadas na capital.
As autoridades moçambicanas alertaram na noite de terça-feira para a adoção de medidas de precaução face à previsão de fortes chuvas, nomeadamente em Maputo, na sequência da tempestade tropical severa que afeta o país.
O Centro Nacional Operativo de Emergência (CENOE) apelou para a conservação de alimentos, material escolar e documentos em locais seguros, verificação e procura de abrigo seguro junto das autoridades, reforço da segurança dos tetos e janelas das casas com material resistente.
O CENOE recomendou ainda, em comunicado, que os cidadãos se mantenham atentos às informações das autoridades competentes, que retirem pequenas embarcações da água para locais seguros, prestem atenção aos idosos, crianças e pessoas com deficiência.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inam) confirmou que a tempestade “Filipo” entrou no continente pelas 05:00 (03:00 em Lisboa) de terça-feira, pelo distrito de Inhassoro, em Inhambane, seguindo para sudoeste, nomeadamente Maputo.
“Nas próximas 24 horas, o sistema continuará a deslocar-se progressivamente na direção sudoeste, podendo condicionar também o estado do tempo caracterizado por chuvas muito fortes, vento máximo de 90 km/h e rajadas até 120 km/h”, lê-se num aviso do Inam.
A tempestade “Filipo” deixou quase 100 mil pessoas sem energia elétrica em Moçambique, além de causar a destruição de casas e outras infraestruturas nas regiões afetadas.
As autoridades moçambicanas estimam que cerca de 525 mil pessoas poderão ser afetadas pela tempestade “Filipo”, que deverá atingir as províncias de Sofala, no centro de Moçambique, Inhambane, Gaza e Maputo.
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PVJ (LN) // VQ