Socorristas prosseguiram hoje as buscas com equipamento pesado e com as próprias mãos no local da tragédia, em Masara, na província de Davao de Oro, na ilha de Mindanao, segundo a agência francesa AFP.
As autoridades contabilizaram também 31 feridos no deslizamento de terras, que destruiu casas e soterrou três autocarros e um ‘jeepney’, um veículo de transporte público muito popular nas Filipinas.
O balanço inicial era de cinco mortos.
Entre os desaparecidos estavam duas dezenas de trabalhadores de uma mina de ouro explorada pela empresa filipina Apex Mining, que viajavam nos veículos.
Dois dias após a catástrofe, as hipóteses de encontrar vítimas com vida são cada vez menores, mas as equipas de salvamento continuam a trabalhar arduamente, disse o responsável provincial pela gestão de catástrofes, Edward Macapili.
“A lama que cobria os autocarros era muito espessa, quase podia cobrir um edifício de dois andares”, contou à AFP.
Uma pessoa foi retirada com vida na quarta-feira, 11 horas depois de ter sido arrastada, disse Macapili.
Centenas de famílias de Masara e de quatro aldeias vizinhas tiveram de se abrigar por receio de novos deslizamentos de terras.
A zona afetada foi declarada inabitável durante vários anos, segundo Arthur Carlos Rimando, presidente do município de Maco, onde se situa a aldeia de Masara.
“Desde 2007, a área tem sido propensa a deslizamentos de terras. Mas é aqui que as pessoas encontram o seu meio de subsistência”, disse Rimando.
Os serviços meteorológicos alertaram para a possibilidade de as inundações repentinas e os deslizamentos de terras provocados pelas chuvas poderem ainda atingir a província nos próximos dias.
A ilha de Mindanao tem sido afetada por fortes chuvas nas últimas semanas, com a ocorrência de deslizamentos de terras e inundações que obrigaram a retirar da região dezenas de milhares de pessoas.
Os deslizamentos de terras são comuns nas Filipinas devido à precipitação intensa e à desflorestação generalizada.
O arquipélago montanhoso do Sudeste Asiático é regularmente assolado por tempestades que se estão a tornar cada vez mais fortes à medida que o clima se torna mais instável, segundo os cientistas.
PNG // APN