“Nenhuma das duas infrações foi provada”, esclareceu o tribunal, numa sentença proferida já após a audiência de 15 de dezembro, durante a qual a Procuradoria pediu um ano de prisão com pena suspensa e 45.000 euros de multa.
Para a acusação, o antigo treinador do Nice e, depois, do Paris Saint-Germain, procurou deliberadamente “diminuir o número de negros e de muçulmanos” na equipa do Nice, justificando-o com o jejum do Ramadão e evidenciando um “racismo enraizado”.
Na sentença de hoje, Galtier não esteve presente no tribunal, por ter regressado ao Qatar, devido a um jogo do Al Duhail, a sua atual equipa.
“É uma reação de alívio. Estas acusações odiosas causaram danos significativos na sua vida e na carreira profissional”, comentou o advogado do treinador, Olivier Martin.
Este caso começou em abril, após ser divulgada por vários órgãos de comunicação social uma carta em que o antigo dirigente do Nice Julien Fournier acusou Galtier de ter dirigido palavras discriminatórias aos futebolistas do clube, durante o período em que orientou a equipa, em 2021/22.
Segundo Fournier, o treinador ter-lhe-á dito, entre outras coisas, que o Nice “não poderia ter tantos negros e muçulmanos” e manifestou o desejo de querer limitar “ao mínimo possível o número de jogadores muçulmanos”.
Uma situação que levou a justiça francesa a abrir um inquérito.
RPM // MO