Giorgia Meloni, que no próximo ano servirá de anfitriã na presidência italiana no grupo, anunciou esta decisão na cimeira de Hiroxima, antes de voar para Itália para visitar este domingo as áreas de Emília-Romanha, inundadas nos últimos dias.
Em Hiroxima, Meloni falou do programa da sua futura presidência aos parceiros do grupo das democracias mais industrializadas do planeta (Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França, Canadá e Japão).
Entre os assuntos estará a situação na Ucrânia, “qualquer que seja o contexto naquele momento” para reafirmar o “nosso compromisso de respeitar as regras do direito internacional”.
Nessa reunião deverá também ser abordada a segurança económica e energética e a questão da imigração e da relação com África. “Por isso, a sede do próximo G7 será em Apúlia, uma cimeira no sul, onde o sul do mundo estará no centro. Levaremos a esse sul os grandes do planeta”, assinalou a primeira-ministra italiana.
Meloni disse estar “muito satisfeita” com a sua primeira cimeira do G7 desde que assumiu o poder em outubro, tratando-se da primeira mulher a fazê-lo em Itália, apesar de não querer adiantar as conclusões do encontro, pois deverá ser o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, a fazê-lo no domingo.
No entanto, comunicou que irá manter o apoio à Ucrânia contra a Rússia “enquanto for necessário” e apostar num “relacionamento com o sul global que seja colaborativo e não adversário”.
Também será defendida a independência económica dos sócios, um tema importante para a Itália, que teve de pôr fim rapidamente à sua dependência do gás russo (até à invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2020, importava 90 por cento do gás que consumia, e 40 veio do território russo).
Será ainda abordado o tema das migrações, apontado por escrito, segundo Meloni, a Tunísia, de onde chega grande parte dos imigrantes para as costas italianas.
A primeira-ministra tem mantido encontros bilaterais, entre outros, com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a quem manifestou o apoio italiano “a 360 graus”, e também com o francês, Emmanuel Macron, depois das últimas tensões devido a críticas de alguns governantes franceses sobre a política migratória italiana.
EYC // APN