O Mecanismo de Vigilância, Monitoramento e Verificação integra representantes do Alto Comissariado para a Paz, do Ministério da Defesa, das Forças Armadas e de Segurança, assim como do grupo dissidente das FARC, o Estado-Maior Central (EMC).
O mecanismo vai ser acompanhado pela Missão de Apoio à Paz na Colômbia da Organização dos Estados Americanos e contar com observadores da ONU e da Igreja Católica.
A criação do mecanismo foi anunciada num encontro durante o qual o Governo colombiano recebeu formalmente os nomes dos cinco elementos do EMC que vão participar no arranque das negociações de paz, marcadas para 16 de maio.
De acordo com os últimos dados do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz), o EMC é o grupo armado que mais violou o cessar-fogo desde que foi estabelecido no início deste ano.
No entanto, na segunda-feira, os dissidentes acusaram o exército colombiano de também ter violado o cessar-fogo, com confrontos armados e um “bombardeamento traiçoeiro” em 21 de abril.
O início das conversações de paz com o EMC foi anunciado a 16 de abril, num evento público que contou com a presença de organizações de camponeses, indígenas e afrodescendentes e durante o qual os líderes do EMC manifestaram o desejo de paz na Colômbia, na sequência de uma semana de reuniões em que aproximaram posições e definiram uma linha de ação conjunta para o processo que estão prontos para iniciar com o Estado colombiano.
O Governo colombiano já está em diálogo com a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN).
Em 31 de dezembro, o Presidente colombiano, Gustavo Petro, anunciou um cessar-fogo por seis meses com o ELN, o EMC, a Segunda Marquetalia (outro grupo dissidente das FARC), o Clã del Golfo e os paramilitares de Sierra Nevada, no âmbito de um processo de pacificação de todo o país.
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