Até 2025, a Ford cortará 2.800 postos de trabalho nas suas equipas de engenharia para manter cerca de 3.400 empregos deste tipo na Europa, especializada na conceção e desenvolvimento de veículos, de acordo com um comunicado da empresa.
Irá também cortar cerca de 1.000 postos de trabalho nos seus departamentos de administração, marketing, vendas e distribuição.
O plano envolverá o corte de 2.300 postos de trabalho na Alemanha, 1.300 no Reino Unido e outros 200 noutros locais não especificados, do total de 34.000 trabalhadores que o fabricante tem na Europa.
“Estas são decisões difíceis, que não são tomadas de ânimo leve. Reconhecemos a incerteza que gera para a nossa equipa e asseguro-lhes que lhes ofereceremos todo o nosso apoio nos próximos meses”, disse Martin Sander, diretor-geral da Ford Model Europe, no comunicado.
A empresa está empenhada em abrir consultas com os parceiros sociais para que a maioria das partidas da empresa seja voluntária.
O objetivo do fabricante é “competir com uma nova linha de veículos icónicos de passageiros”, de acordo com a reorganização hoje revelada para criar uma carteira de produtos “mais pequena, mais focada e cada vez mais elétrica”.
“Pavimentar o caminho para um futuro sustentável e produtivo requer amplas ações na forma como desenvolvemos, fabricamos e vendemos veículos Ford. Isto terá impacto na estrutura organizacional, talento e capacidades de que precisaremos no futuro”, acrescentou Sander.
A partir de 2030, a Ford quer vender apenas carros elétricos na Europa e deixará de comercializar furgonetas com motor de combustão até 2035.
Como parte desse objetivo, a empresa excluiu pequenos carros como o Fiesta ou Focus na região para se concentrarem em modelos elétricos, que são menos complicados de desenvolver.
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