Pedro Sánchez conversou este domingo com o primeiro-ministro da Macedónia do Norte, Dimitar Kovachevski, na capital Skopje, na penúltima paragem da viagem que está a efetuar pelos Balcãs e que termina na Albânia na segunda-feira.
O chefe do Governo espanhol visitou a Sérvia, a Bósnia-Herzegovina e Montenegro.
As nações dos Balcãs estão todas em diferentes fases do processo de adesão à UE.
Bruxelas tem encorajado recentemente os Governos destes países a avançarem com as reformas necessárias para completar as candidaturas, enquanto manifesta preocupação com os esforços da Rússia para aumentar a influência naquela região.
Pedro Sánchez referiu que a guerra na Ucrânia levou a UE a repensar as suas políticas de ampliação e a abrir as portas a nações da Europa Oriental e dos Balcãs Ocidentais.
“Estamos mais unidos agora do que nunca. Pode contar comigo para a sua perspetiva europeia”, referiu o primeiro-ministro espanhol, numa conferência de imprensa conjunta com Dimitar Kovachevski.
A UE iniciou negociações de adesão com a Albânia e a Macedónia do Norte há duas semanas.
A abertura das negociações, que Skopje e Tirana há muito aguardavam, ocorreu depois de a Macedónia do Norte ter assinado, a 17 de julho, um protocolo bilateral com a Bulgária, que permitiu desbloquear um longo impasse que afetava também a Albânia, tendo os 27 da UE dado, no dia seguinte, ‘luz verde’ para a celebração das primeiras reuniões intergovernamentais, que decorreram a 19 de julho em Bruxelas, com um significado meramente político, mas que lançaram oficialmente as negociações.
Qualquer expansão para além dos atuais 27 Estados-membros da UE deverá levar anos, mas as nações dos Balcãs Ocidentais mantêm a sua ambição de se tornarem parte do bloco comunitário.
Para a Macedónia do Norte, os últimos anos foram desafiantes, com disputas com os membros da UE, Grécia e depois Bulgária, que impediram que a candidatura do país avançasse, visto que qualquer processo nesse sentido requer acordo unânime.
Também este domingo, em Podgorica, Pedro Sánchez afirmou que Montenegro “tem tudo” para se tornar “num grande exemplo” do objetivo de integração dos países dos Balcãs Ocidentais na UE, instando o país a fazer as reformas necessárias.
“Estaremos sempre perto. Defendemos o que sabemos ser possível e em Espanha sempre encontrará empatia, amizade e, acima de tudo, apoio à perspetiva europeia”, afirmou, acrescentando que “face à guerra na Europa (Ucrânia), “a unidade vai tornar os países mais fortes”.
DMC (FAC) // SCA