Este “projeto pioneiro desenvolvido em Cabinda”, uma das principais regiões produtoras de petróleo do país, foi descrito hoje pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, como um “feito histórico” que traduz o fomento do executivo à incorporação de conteúdo local.
O projeto Lifua A, produzido em 11 meses, está localizado no campo de Malongo, a cerca de 25 quilómetros da cidade de Cabinda e pretende otimizar a produção do Bloco O, um dos mais antigos de Angola que a Cabinda Gulf Oil Company Limited (CABGOC), opera com vários parceiros, incluindo a Galp -Exploração que detém 9% do consórcio e o Estado angolano, via Sonangol, que é o principal acionista (41%).
Diamantino Azevedo adiantou que a CABGOC, que tem mais de 60 anos de presença em Angola, solicitou um prolongamento do prazo de concessão do Bloco 0 por mais 20 anos, o que irá trazer receitas adicionais de 27,6 milhões de dólares (25,5 milhões de euros) para o Estado angolano.
O diretor-geral da CABGOC, Billy Lacobie, explicou que a fabricação standard permite reduzir os custos e tem sido implementada pela Chevron em vários países, devendo ser também replicado noutros campos em Angola, mas escusou-se a revelar o investimento.
O projeto permitiu criar 300 postos de trabalho, sobretudo para angolanos, sendo a próxima fase o transporte dos módulos para o mar, que deve demorar 30 dias, com início em junho.
O projeto foi hoje apresentado ao Presidente da República de Angola, João Lourenço, no seu segundo dia de visita a Cabinda e deverá entrar em produção até ao final do ano.
A CABGOC é um dos maiores produtores de petróleo de Angola, com uma produção diária de 79.000 barris de líquidos e 291 milhões de pés cúbicos de gás natural em 2021.
Opera as concessões dos Blocos 0 e 14, com vários parceiros, que investiram ao longo dos anos mais de 250 milhões de dólares (cerca de 231 milhões de euros).
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