Outros atletas lusos houve que se aproximaram do ‘bilhete’ para o Mundial de Belgrado, como Carlos Nascimento (60 metros), Isaac Nader (3.000 metros) e Catarina Queirós (60 metros barreiras), mas ninguém esteve tão perto como o lançador do Benfica, que atirou o peso a 20,64 metros, quando procurava um registo de 20,65.
No seu melhor concurso do ano, Belo atirou a 20,64 ao quarto ensaio, para ser quinto posicionado na prova. Teve ainda dois ensaios acima dos 20 metros (20,22 e 20,34) e três na casa dos 19 metros.
Menos bem, Tsanko Arnaudov atirou o peso a 20,15, para ser sétimo na tabela final.
Em muito bom plano esteve Abdel Larrinaga, já com mínimos para o Mundial nos 60 metros barreiras, que hoje melhorou a sua marca pessoal em cinco centésimos, para 7,67 segundos.
Larrinaga sobe a terceiro português de sempre, atrás dos co-recordistas Rasul Dabo e João Almeida, ambos com 7,66.
Cubano de nascimento, Larrinaga naturalizou-se em 2018 e está a ter este ano a sua melhor época de sempre, tanto nas barreiras como nas provas combinadas.
Hoje, foi quarto numa das meias-finais, com 7,67, e depois sétimo na final, com 7,89.
Na prova de barreiras para o setor feminino, a sportinguista Catarina Queirós também se superou – após concluir terceira, com 8,20, na meia-final, e sexta na final, com 8,23.
A marca de 8,20 deixou-a a quatro centésimos de Belgrado e faz com que passe a ser a terceira melhor lusa de sempre.
Quanto a Carlos Nascimento, nos 60 metros, já tinha mínimos do ano passado, mas precisava de os confirmar em 2022, com 6,67 ou melhor. Não esteve muito longe com 6,72 na meia-final e 6,70 na final, em que foi sétimo.
Isaac Nader, que já tem mínimo feito para os 1.500 metros, correu os 3.000 metros e conseguiu um recorde pessoal, com 7.53,40. Foi 12.º classificado, a 3,40 do acesso à prova em Belgrado.
Ao retirar cerca de quatro segundos ao seu recorde, sobe a quarto português na lista de sempre.
Muito longe de confirmar o mínimo para o Mundial, que tem desde o ano passado, Tiago Pereira confirmou no triplo salto estar em fase menos boa. Precisava de, pelo menos, 16,75 metros – marca que por várias vezes superou em 2021 – mas ficou-se pelos 16,28, logo ao primeiro ensaio, sendo quarto no concurso.
Apenas fez um outro salto para lá dos 16,00 metros (16,25), os outros foram ‘desastrosos’, com dois nulos, um na casa dos 15 metros e outro na dos 14.
Cátia Azevedo, que já tem mínimos e confirmados, esteve na final B dos 400 metros, para ser última em 53,59.
No salto em comprimento, Evelise Veiga pretendia chegar aos 6,80 metros e ficou-se pelos 6,34, no quinto lugar.
Em termos de resultados globais, a marca da noite vai para a venezuelana Yulimar Rojas, recordista mundial e campeã olímpica do triplo salto. Com 15,41 metros, fez a melhor marca mundial do ano na especialidade.
A portuguesa Patrícia Mamona, vicecampeã olímpica em Tóquio2020, atrás de Yulimar, não competiu em Madrid, optando em alternativa saltar sábado no ‘meeting’ de Paris, reunião que a venezuelana vai evitar.
Para o Mundial ‘indoor’ de Belgrado, de 18 a 20 de março, estão apurados neste momento oito atletas: Lorene Bazolo e Rosalina Santos (60 metros), Cátia Azevedo (400 metros), Patrícia Mamona (triplo), Auriol Dongmo (peso), Isaac Nader (1.500 metros), Abdel Larrinaga (60 metros barreiras) e Pedro Pichardo (triplo).
Com mínimos feitos, mas não confirmados em 2022, como a FPA exige, estão Carlos Nascimento (60 metros), Francisco Belo (peso), Tiago Pereira (triplo).
FB // NFO