As restrições do Roscomnadzor, a entidade reguladora russa, são uma resposta à manutenção de conteúdos proibidos na Rússia e que a empresa Twitter se recusa a retirar.
Assim, no passado dia 10 de março, o Roscomnadzor reduziu a velocidade de ligação da aplicação Twitter para 100% dos telemóveis e para 50% dos aparelhos fixos.
A redução da velocidade do serviço afeta o envio de fotografias e vídeos, mas não as mensagens de texto.
A medida foi adotada porque a rede social mantinha 3.168 entradas com informações proibidas na Rússia, entre as quais 2.569 incitações ao suicídio de menores de idades, 450 com pornografia infantil e 149 sobre o consumo de drogas.
As autoridades russas emitiram 28 mil requerimentos oficiais para que os conteúdos fossem retirados.
Uma semana depois do ultimato, o regulador russo chegou a avisar que ia bloquear o serviço da rede social Twitter, caso a empresa norte-americana não retirasse os conteúdos proibidos pela legislação da Rússia.
No dia 02 de abril, um tribunal de Moscovo impôs três multas à rede social Twitter de 8,9 milhões de rublos (116 mil dólares) por não eliminar conteúdos proibidos pela lei.
No comunicado emitido hoje, o Roscomnadzor indicou que, além das medidas aplicadas contra a empresa norte-americana, retirou 2.100 entradas que faziam parte das 3.168 cuja eliminação é exigida desde 2017.
“O Twitter aumentou a velocidade de eliminação de informação proibida. Das 650 novas entradas com conteúdos ilegais foram eliminadas cerca de 580”, assinalou o regulador.
O Roscomnadzor constatou, pela primeira vez, uma mudança no sistema de moderação usado pelo Twitter em território russo pelo que não vai bloquear totalmente o serviço da rede social, mas vai manter a redução da velocidade do serviço até ao dia 15 de maio.
“Com a medida (redução da velocidade) concede-se à companhia Twitter tempo adicional para retirar da rede social todos os conteúdos para ajustar a atividade à legislação da Federação Russa”, sublinha o mesmo documento.
PSP // FPA