Tem quatro fases e um intervalo mínimo de cinco semanas entre cada uma. O anunciado plano de reabertura Reino Unido prepara-se para avançar, garantem a agência Reuters e o diário britânico The Guardian, mas o governo também já fez saber que “todos os momentos podem ser sujeitos a atrasos” e que o programa será “orientado por dados e não datas” – daí o intervalo previsto entre cada fase: serão quatro semanas para recolher e avaliar dados e uma semana para as pessoas e empresas se prepararem para a etapa seguinte.
Sabe-se ainda que as decisões serão para todo o país, sem regresso aos níveis regionais; poderá apenas haver restrições muito localizadas se, por exemplo, for detetada uma nova variante. Além disso, a cada etapa, será avaliado o progresso do programa de vacinação, o impacto das vacinas na redução de hospitalizações e mortes, o nível geral de infeção e eventuais mutações no vírus que possam gerar preocupação.
Etapa 1, parte 1
(8 de março)
Primeiro, a Educação. Segundo o plano conhecido, todos os alunos e estudantes universitários regressam aos seus estabelecimentos de ensino, estando previsto que, ao início e durante algum tempo, quem frequenta o ensino secundário e superior usará máscara nas aulas.
Será ainda possível agendar encontros a dois ao ar livre, em parques e jardins, sem ser para fazer exercício.
Os residentes em lares passam a poder receber um visitante regularmente, nomeado.
Etapa 1, parte 2
(29 de março)
As reuniões ao ar livre alargam-se até um máximo de seis pessoas ou dois agregados familiares
O desporto ao ar livre passa também a incluir piscinas abertas.
O dever de permanecer em casa terminará, mas ainda assim a população continuará a ser encorajada a permanecer num mesmo local.
O teletrabalho também continuará a ser recomendado, sempre que possível e não serão permitidas viagens em geral.
Etapa 2
(a partir de 12 de abril)
Reabertura do comércio considerado não essencial – como é o caso dos cabeleireiros – e de edifícios públicos, como bibliotecas.
A maioria dos locais da restauração também poderão voltar a abrir portas, como é o caso de bares e restaurantes, mas apenas para quem tem esplanada. Os clientes terão de se sentar, mas não de comprar uma refeição para pedir bebidas alcoólicas. Ainda assim mantém-se a limitação de seis pessoas por grupo.
Está igualmente prevista a reabertura de locais como zoológicos e parques temáticos, com iguais regras de distanciamento social.
Instalações de lazer interiores, como ginásios, também podem abrir, mas os utilizadores só o podem fazer sozinhos ou com alguém do seu agregado familiar.
Férias permitidas em locais onde não haja partilha de instalações e grupos reduzidos ao agregado familiar.
Funerais poderão ter até 30 pessoas; casamentos e festas apenas 15.
Reinício das aulas presenciais reavaliado no final das férias da páscoa.
Etapa 3
(a partir de 17 de maio)
A maioria das restrições aos encontros ao ar livre será levantada, no limite de 30 pessoas em parques ou jardins.
Em espaços interiores também devem voltar a ser autorizados grupos até seis pessoas ou dois agregados familiares.
Serão igualmente reabertos espaços interiores de bares e restaurantes, hotéis, cinemas e museus, mas as limitações a grupos mantêm-se em pubs e afins.
No caso do desporto, está igualmente estabelecido que os recintos fechados poderão receber até mil espetadores ou metade da sua capacidade. Já ao ar livre, as bancadas poderão ter cerca de 4 mil pessoas, ou, também, metade da capacidade – sempre valor que for mais baixo. Em espaços maiores, como os estádios de futebol, a autorização para sentar mais pessoas alarga-se até ao limite de 10 mil ou 25 por cento da lotação.
Os casamentos passam a poder ter um limite de 30 pessoas e passam igualmente a ser autorizados eventos como batizados.
Etapa 4
(não antes de 21 de junho)
Todas as limitações legais à lotação dos espaços serão levantadas e abrem finalmente locais como discotecas, passando ainda a estarem autorizados os grandes eventos, como festivais de música.
É ainda provável que haja alterações nas medidas de distanciamento social, mas uma decisão final será ainda reavaliada.
Está ainda também por decidir se serão adotados certificados de vacinação ou de teste negativo de forma a reduzir o impacto da infeção na reabertura da economia.
Será igualmente estudado, a partir de abril, o efeito de eventos com grupos maiores, de forma a avaliar a redução das medidas de distanciamento social.
O departamento de transportes irá ainda analisar como serão permitidas entradas e saídas do país, perante a evolução de novas variantes da Covid-19. O documento deverá ser entregue até meados de abril, mas já se saber que as viagens internacionais não serão permitidas antes de meados de Maio, na melhor das hipóteses.
Só na última etapa é que está também prevista a revisão das regras de distanciamento social, do uso de máscaras e do teletrabalho.