Em cenário de pandemia, com grande parte dos aviões a permanecerem em terra, a PT Aerofood, uma empresa de catering que fornece as principais companhias aéreas asiáticas, estreou-se com a venda de refeições take-away a saudosistas da comida de avião. A campanha, conhecida como “Fly with meals”, foi um sucesso. As vendas foram um bálsamo para um setor em crise profunda.
Citado pela Economist, Rubi Haliman, um indonésio que viajava em trabalho quatro a seis vezes por mês, justificou ser cliente em terra da PT Aerofood porque “sentia falta de viajar e ver carrinhos de comida a passarem pelo corredor do avião. [A comida take-away] ajuda a ultrapassar este sentimento”.
A ideia surgiu precisamente como uma tentativa de minimizar a nostalgia de antigos passageiros que se viram confinados. Acompanhadas de um tabuleiro e de um set de talheres de plástico, as refeições tentam recriar ao pormenor a experiência de comer em voo – apesar de a qualidade da comida dos aviões ser um alvo habitual de críticas.
Entre os clientes, há quem não consiga resistir aos preços praticados. As refeições, com receitas típicas da Malásia, da Indonésia e da China, custam €1,5.
Marcello Massie, diretor-geral da PT Aerofood, diz que as vendas da empresa de catering aumentaram 97% desde o início da pandemia.
Apesar de os valores ainda não terem atingido a normalidade, as companhias aéreas não hesitam pôr em prática novas ideias. O sucesso da campanha “Fly with meals” foi tal que a PT Aerofood planeia abrir restaurantes em três cidades na Indonésia.