O caso, revelado pelo jornal South China Morning Post, ilustra aparentemente como cidadãos do continente chinês procuram casar com pessoas de Kong Kong, visando assegurar a autorização de residência na cidade.
Citada pelo jornal, a mulher explicou que começou por se candidatar a um emprego como artista de maquilhagem, anunciado na rede social Facebook.
Após o contacto inicial, os recrutadores propuseram, no entanto, que trabalhasse no planeamento de festas de casamento, que incluía um curso de formação gratuito, em Hong Kong, e um teste final, na província chinesa de Fujian.
O teste incluiu a simulação de um matrimónio com um homem da mesma faixa etária, em que ela figurou como esposa e assinou um documento do governo local, selando oficialmente o matrimónio.
Os recrutadores garantiram-lhe que não havia problema, porque conheciam o presidente da câmara daquela cidade e “anulariam o [registo de matrimônio] depois”, conta a vítima.
Quando a jovem regressou a Hong Kong, uma amiga convenceu-a de que se tratava de uma fraude, incitando-a a denunciar às autoridades, que confirmaram que o casamento não tinha sido anulado.
Desconhece-se os motivos do esquema, mas os residentes da parte continental da China com um cônjuge de Hong Kong podem solicitar autorização de residência na cidade, o que resulta em vários casos de casamentos fraudulentos.
com Lusa