O número de vítimas mortais provocadas pelo sismo de magnitude 8,2 que abalou o México na quinta-feira subiu para 32, das quais 23 no estado de Oaxaca, sete em Chiapas e duas em Tabasco, segundo agências internacionais.
Um sismo de magnitude 8,4 atingiu na quinta-feira à noite a costa sul do México, derrubando casas no estado de Chiapas e fazendo edifícios abanar violentamente na Cidade do México.
O serviço geológico dos Estados Unidos indicou que o epicentro do sismo aconteceu pelas 05:49 (hora de Lisboa), a 165 quilómetros de Tapachula, no estado de Chiapas, a uma profundidade de 35 quilómetros.
O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico ativou um alerta para o México, Guatemala, El Salvador, Costa Rica, Nicarágua, Panamá, Honduras e Equador.
O Sistema de Alerta de Tsunamis dos Estados Unidos avisou que há possibilidade de perigosas ondas de tsunami nas costas do Pacífico de vários países da América Central nas próximas três horas.
Presidente alerta para possibilidade de réplicas
O Presidente do México, Enrique Peña Neto, advertiu hoje a população para a possibilidade de nas próximas 24 horas se registar uma forte réplica do terramoto de 8,4 que sacudiu o país na quinta-feira à noite.
Em declarações ao canal de televisão Televisa, Peña Nieto disse que os mexicanos precisam de estar muito atentos e que a réplica pode superar a magnitude de 7 na escala de Richter, após recordar que em 1985 ocorreu uma réplica muito potente, de 7,5, um dia depois do primeiro grande sismo de magnitude 8,1.
Assegurou que até agora o alerta de tsunami no sudeste do estado de Chiapas, onde se registou o epicentro do sismo ocorrido na noite de quinta-feira, “não representa um risco maior” e considerou que 50 milhões de pessoas podem ter sentido o tremor de terra por todo o país.
Peña Nieto disse estar no Centro Nacional de Prevenção de Desastres (Cenapred), numa reunião com as secretarias da Defesa e da Marinha, assim como com a Comissão Federal de Eletricidade, entre outras entidades, para fazer um “diagnóstico pontual” do que ocorreu e adotar as medidas necessárias.
O Presidente mexicano assinalou que o sismo de quinta-feira foi maior do que o de 8,1 na escala de Richter de 19 de setembro de 1985, que fez milhares de mortos, mas sublinhou que a cultura de proteção civil entretanto avançou.
O chefe de Estado apelou ainda à população para verificar os danos registados.
“Vamos continuar a trabalhar para fazer uma avaliação mais precisa dos danos”, acrescentou.