1 Gula mediática
Desde que apresentou a sua candidatura, na Trump Tower, que se comporta como um bobo da corte contemporâneo, capaz de tudo para ser o centro das atenções. Nesse dia, 16 de junho, contratou uma centena de atores e figurantes, pagando a cada um 50 dólares.
2 Avareza hipócrita
A recusa em divulgar as suas declarações de rendimentos veio quebrar uma tradição de quase meio século e fez aumentar as suspeitas de que ele não olha a meios para evitar pagar impostos. E não deixa de ser caricato que um indivíduo que foi processado por mais de 4500 vezes por negócios ilícitos se arme em paladino da justiça, da transparência e da democracia.
3 Luxúria feminina
Assumir-se como marialva e predador sexual fê-lo alienar o indispensável voto das mulheres. Pelo menos 12 acusaram-no de assédio mas ele fez jus à sua reputação – disse que elas não tinham sequer atributos físicos para o deixar interessado e promete processá-las a todas.
4 Ira universal
A sua vontade de zurzir tudo e todos fez com que o New York Times tivesse identificado o número de insultos feitos por Trump a diferentes pessoas e instituições: 282, entre 16 de junho e 24 de outubro. Hillary Clinton, claro, foi a principal visada, com 422 insultos exclusivos.
5 Inveja ilimitada
Este pecado, em latim, significa olhar com malícia. E os olhos de Donald Trump demonstram uma incomensurável vontade de possuir tudo à sua volta – incluindo o cargo de Presidente dos EUA.
6 Preguiça eleitoral
Muitos analistas consideram que o empresário nova–iorquino poderia ter feito bem melhor na corrida contra Hillary e a explicação que oferecem é simples: ingenuidade e incompetência políticas. Despediu três diretores de campanha nos últimos seis meses, não se preparou para os debates televisivos e habilita-se a perder alguns bastiões republicanos por não ter investido quaisquer recursos nesses estados.
7 Orgulho e soberba
“Eu podia estar no meio da 5ª Avenida e disparar contra alguém sem perder quaisquer votos” – Afirmou ele a 23 de janeiro, na maior das impunidades, num comício no Iowa, para comentar a sua boa prestação no início das primárias republicanas e dar por garantida a derrota dos seus principais adversários.
“Deveríamos cancelar a eleição [presidencial] e dar o lugar ao Trump, certo?” – Eis a sugestão feita pelo próprio a 27 de outubro, num comício em Toledo, Ohio, numa prova inequívoca do seu entendimento de democracia. Aliás, dias antes, Trump prometera aceitar os resultados de 8 de novembro se estes lhe forem favoráveis
(Artigo publicado na VISÃO 1235, de 3 de novembro)