Como principal razão da sua escolha: “Os seus esforços para pôr termo a aos mais de 50 anos de um longa Guerra Civil, uma guerra que custou a vida a pelo menos 220 000 colombianos e afastou do país mais de 6 milhões de pessoas”, disse a porta voz do Comité.
O acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) foi chumbado no passado domingo, 2 de outubro, em referendo e as suas hipóteses pareciam reduzidas mas, ainda assim, o Comité achou por bem escolhê-lo.
O chumbo aconteceu porque os colombianos, emboram queiram a paz, também defendem que as FARC devem assumir a responsabilidade pelas mortes de que foram responsáveis. Seja como for, Juan Manuel Santos está há quatro anos empenhado em chegar a um acordo que agrade a ambas as partes e instaure, por fim, a paz.
Juan Manuel Santos é formado em Economia e Administração de empresas e passou por referências como a London School of Economics e a Universidade de Harvard onde estudou economia e direito.
Foi um dos fundadores do Partido Social de Unidade Nacional (o chamado “Partido de la U”), em 2005 e preside aos destinos do país desde 2010, quando foi eleito com 68,9% dos votos
O partido foi sucessivas vezes criticado por não ter uma filiação ideológica definida e apresenta-se como “conservador-liberal”. Foi um dois grandes nomes na defesa da segurança, do emprego e modernização da indústria colombiana. Menos aproximação ao governo da Bolívia e mais relações externas com os Estados Unidos, por exemplo, são pontos que fazem também parte da política que defendem.
Este é o segundo Prémio Nobel atribuído a um colombiano. O primeiro foi em 1982 e chegou às mãos de Gabriel García Márquez, Prémio Nobel da Literatura.
É este o nome que sucede ao Quarteto para o Diálogo Nacional na Tunísia, que no ano passado arrecadou o Nobel.