Depois de ter sido assinado no passado dia 26 de setembro o acordo que permitia o fim de 52 anos de guerrilha, o tratado de paz entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) foi rejeitado por 50,23% da população no referendo de ontem. O processo que estava a ser negociado em Cuba há quase quatro anos, depois de três tentativas fracassadas nas últimas décadas.
Apesar dos resultados, os dois lados asseguraram que estão dispostos a alcançar a paz e que o cessar fogo e de hostilidades bilateral vai manter-se em vigor. Em declarações aos jornalistas, o representante das FARC nas negociações, Rodrigo Echeverri, garantiu que “as FARC mantêm a sua vontade de paz e reiteram a sua disposição de usar apenas a palavra como arma de construção di futuro. Com o resultado de hoje, sabemos que o nosso desafio como movimento político é maior e requer que sejamos mais fortes para construir uma paz estável e duradoura”. Também o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, assegurou que apesar de respeitar a decisão democrática, vai buscar a paz até ao último minuto do seu mandato.
As negociações vão ser retomadas esta semana em Cuba enquanto as FARC já anunciaram que pretendem compensar financeiramente as suas vítimas e que vão manter a sua luta através da constituição de um partido político.