A consagração de Donald Trump marca a última noite da convenção do Partido Republicano dos EUA. O candidato à Casa Branca prometeu restabelecer a segurança no país e insiste no muro na fronteira com o México. Criticou Hillary Clinton e declarou apoio à comunidade LGBT.
O empresário norte-americano Donald Trump aceitou oficialmente ser candidato à Presidência dos Estados Unidos, num discurso na sessão de encerramento da convenção do Partido Republicano, em Cleveland, no estado do Ohio.
“Eu, humildemente, aceito a vossa nomeação para a presidência dos Estados Unidos”, disse hoje Donald Trump perante uma ovação de pé e gritos: “EUA, EUA, EUA”. “Juntos vamos levar o nosso partido de volta para a Casa Branca”, acrescentou.
“Tenho uma mensagem para todos vós: o crime e a violência que hoje aflige a nossa nação vai em breve ter um fim. A partir de 20 de janeiro de 2017 a segurança vai ser restaurada”, disse. “Nesta campanha para a Casa Branca, eu sou o candidato da lei e ordem”.
“A irresponsável retórica do nosso Presidente [Barack Obama], que usou o púlpito da presidência para nos dividir por raça e cor, tornou a América mais perigosa para todos nós”, acrescentou, depois de ter invocado a morte de vários polícias nas últimas semanas nos Estados Unidos.
Trump disse aos delegados na convenção republicana que a sua política externa, se chegar à Casa Branca, colocará os norte-americanos em primeiro lugar.
Trump reitera intenção de construir muro na fronteira com o México
O magnata reiterou a intenção de construir um muro na fronteira com o México. “Vamos construir um grande muro para pôr fim à imigração ilegal, para pôr fim aos gangues e à violência, para impedir a entrada da droga”, afirmou.
Durante a campanha antes das primárias republicanas, Trump prometeu que se for eleito, construirá um muro na fronteira mexicana, pago pelo México, para impedir a imigração ilegal. Também manifestou a intenção de expulsar dos Estados Unidos os 11 milhões de imigrantes ilegais que trabalham e vivem no país.
Legado de Hillary Clinton é “morte, destruição e debilidade”
“O legado de Hillary Clinton não tem de ser o dos Estados Unidos. Os problemas que enfrentamos agora – pobreza, violência em casa, morte e destruição no estrangeiro – vão continuar sempre se mantivermos as mesmas políticas que os criaram”, disse Trump, no encerramento da Convenção Nacional do Partido Republicano.
Trump criticou a campanha de Clinton por ser um “fantoche” dos “grandes negócios, da elite mediática e dos grandes doadores” e ser representativa de um “sistema envenenado”.
“A mensagem de Hillary Clinton é de que as coisas nunca vão mudar. A minha mensagem é a de que as coisas vão mudar e têm de mudar agora”, sublinhou o magnata.
No seu discurso, Trump criticou as propostas e legado de Clinton na política externa, imigração, comércio, educação ou proteção do direito de porte de armas.