“Confirmamos que estava um português a bordo deste avião, com 62 anos, inscrito no consulado de Joanesburgo, mas com residência em Lisboa. Tinha quatro filhos e era o responsável da Mota-Engil para os mercados africanos”, afirmou José Luís Carneiro, secretário de Estado das Comunidades.
As buscas aos destroços do avião da EgyptAir prosseguem no Mar Mediterrâneo, já com dois aviões de resgate e uma fragata da Marinha grega em auxílio dos meios egípcios. Segundo o ministro da Defesa gregos, Panos Kammenos, citado pela Reuters, o aparelho realizou “viragens bruscas” enquanto caía, descontrolado. As autoridades estão ainda a investigar o testemunho de um capitão de um cargueiro, que diz ter visto “uma chama do céu”, o que poderia sugerir uma explosão a bordo.
Sobre as possíveis causas da queda do avião, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, declarou que “nenhuma teoria pode ser descartada”, ideia já reforçada pelo Presidente François Hollande e pelo primeiro-ministro egípcio, Sherif Ismael.
O último contacto do piloto foi estabelecido enquanto sobrevoava a Grécia. Um comunicado da aviação civil grega indica que “estava bem-disposto e agradeceu ao controlador aéreo em grego”, antes de deixar de responder, cerca de 45 minutos mais tarde, à saída do espaço aéreo da Grécia. Dez minutos depois o avião desapareceu dos radares.
Entretanto circulam informações contraditórias sobre se foi emitido ou não um sinal de alerta, detalhe importante para se perceber se o que aconteceu foi repentino – por exemplo, uma explosão – ou não – uma avaria. O vice-presidente da EgyptAir, Ahmed Abdel, disse à CNN que o avião não realizou qualquer chamada de emergência, mas a companhia aérea informou mais tarde que, duas horas após desaparecer dos radares, um dispositivo de emergência do aparelho enviou um sinal. Mas as forças armadas egípcios alegam que não receberam qualquer alerta.
O avião fazia a ligação entre Paris e o Cairo, com 66 pessoas a bordo.