Um dos julgamentos mais mediáticos dos últimos tempos na Alemanha terminou com a condenação de Lutz Bachmann, acusado de incitação ao ódio contra imigrantes.
Em setembro de 2014, o líder do Pegida (sigla em alemão para Patriotas Europeus Contra a Islamização do Ocidente) publicou um post na sua página no Facebook em que chamou vários nomes pouco simpáticos aos refugiados. Embora a defesa tenha argumentado desde o início que Bachmann não era o autor do texto, ficou provado que foi ele quem usou as palavras “gado”, “matilha de merda” e “escória”.
Em janeiro de 2015, o alemão já estivera envolvido numa polémica relacionada com o Facebook, ficando temporariamente afastado da liderança do movimento. Fez uma selfie – que se apressou a dizer que era apenas “uma piada” – em que aparecia com bigode e penteado à Hitler.
Desta vez, a acusação pediu sete meses de prisão efetiva para Lutz Bachmann, de 43 anos, mas o juiz condenou-o apenas ao pagamento de uma multa de 9 600 euros.
O Pegida surgiu em 2014, em Dresden, no Leste da Alemanha, e ganhou força com a crise dos refugiados. Todas as segundas-feiras, junta numa marcha cerca de três mil pessoas que gritam palavras de ordem contra os imigrantes, os muçulmanos e o governo.