As autoridades francesas identificaram como o “cérebro” dos atentados de sexta-feira em Paris o belga Abdelhamid Abaaoud, noticiou hoje a cadeia de televisão britânica Sky News.
De acordo com as mesmas fontes, Abaaoud está relacionado com o ataque num comboio de alta velocidade com destino a Paris, frustrado por dois soldados norte-americanos, e com um outro ataque contra uma igreja.
O suspeito estava também ligado a dois homens mortos numa operação antiterrorista em janeiro, em Verviers, Bélgica, acrescentaram.
Abaaoud, que também usa o nome de Abu Omar al Baljiki, é de origem marroquina e as autoridades pensam que de momento se encontra na Síria.
Pelo menos sete pessoas estão detidas na Bélgica, em relação com os atentados de Paris.
Por outro lado, a polícia belga mandou parar, numa operação ‘stop’, junto à fronteira belga, um carro que transportava três pessoas, uma das quais identificada como Salah Abdelslam.
Caça a Salah Abdeslam
A polícia verificou os documentos de Abdelslam, atualmente conhecido como “Inimigo Público Número Um”, e não o deteve, disseram responsáveis .
Abdelslam, de 26 anos, foi alegadamente o responsável pela logística e alugou o veículo, um Volkswagem Polo preto, usado pelos atacantes da sala de espetáculos Bataclan, onde foram mortas a tiro 89 pessoas na sexta-feira à noite.
Os investigadores franceses identificaram, até agora, cinco terroristas suicidas: Ahmad Al Mohammad, Samy Amimour, Ibrahim e Salah Abdelslam, e Ismael Omar Mostefai, de acordo com o magistrado encarregado do inquérito, François Molins, em comunicado.
A operação policial que está a ser levada a cabo em Bruxelas, na zona de Molenbeek, visa deter Salah Abdeslam, o homem mais procurado no quadro dos atentados terroristas de sexta-feira em Paris, confirmou a procuradoria federal belga.
Durante a operação, que ainda prossegue, foi detido um homem, cuja identidade não foi ainda divulgada, mas a procuradoria já indicou que não se trata de Salah Abdeslam.
Uma imagem do homem detido a ser introduzido dentro de um veículo pelas forças especiais foi divulgada nas redes sociais, tendo entretanto já a polícia pedido às estações televisivas presentes no local que não transmitam em direto imagens da operação, por questões de segurança.