A bordo do comboio de alta velocidade que fazia a ligação Amsterdão-Paris, durante umas férias na Europa com dois amigos de infância, um também militar e o outro estudante, Alek Skarlatos ouviu tiros. Quanto o atirador irrompeu pela carruagem em que seguiam, Skarlatos e Spencer Stone, da Força Aérea, não hesitaram.
“Olhei para Spencer e disse ‘vamos!'”, contou o agora herói à Sky News, a partir do hotel onde ficou alojado depois do episódio, em Arras, no norte de França. “Spencer chegou primeiro ao homem, agarrou-o pelo pescoço e eu agarrei a arma, tirei-lha e atirei-a para longe”, relata. “Depois agarrei na AK-47 que estava aos pés dele e dei-lhe na cabeça com ela”.
No confronto, o atirador agrediu Spencer Stone com um x-ato, ferindo-o com gravidade no polegar. Quando conseguiram imobilizar o homem e Skarlatos começou a travar as armas, apercebeu-se de que a AK-47 tinha encravado. “Ele não sabia arranjá-la, o que é uma grande sorte. Se aquela arma estivesse a funcionar como deve ser, nem quero pensar no que teria acontecido. Tivemos uma sorte incrível”, assegura.
Mas Stone, o militar ferido, não se limitou a imobilizar o atirador. Os seus dois companheiros de viagem contam como ainda salvou a vida de outro passageiro, a quem o suspeito cortou a garganta. Com a mão a sangrar profusamente, Stone ainda conseguiu travar a hemorragia do pescoço da outra vítima.