Uma equipa de astrónomos conseguiu captar uma imagem da nebulosa Medusa com uma precisão nunca antes atingida. Os especialistas utilizaram o Very Large Telescope (instrumento de observação do espaço e de captura de imagens), que se encontra no Chile, para observar esta nebulosa, que faz parte da constelação de Gémeos e também é conhecida como Sharpless 2-274 ou Abell 21.
A Medusa tem cerca de quatro anos-luz de diâmetro e encontra-se a cerca de 1500 anos-luz da Terra. O processo por que que esta nebulosa planetária está a passar é o mesmo que virá a acontecer com o Sol: a evolução das estrelas faz com que se transformem em gigantes vermelhas e, mais tarde, em anãs brancas – a sua última fase de transformação.
As estrelas que se encontram no seio da nebulosa já iniciaram o seu processo final, lançando as suas capas externas ao espaço e originando a nuvem de cores captada pelo telescópio. O efeito explica-se pela reação do gás à luz ultravioleta emitida pela estrela muito quente, o que origina o brilho que agora se pode ver nitidamente. O brilho avermelhado do hidrogénio e o verde do oxigénio em forma de gás fazem com que a nebulosa Medusa assuma a forma de uma meia-lua, que se estende para lá do que a imagem apresenta.
As nuvens coloridas de gás circundam as nebulosas planetárias durante dezenas de milhares de anos, até que se comecem a dispersar. A estrela recebeu o nome da figura mitológica grega, uma vez que os filamentos de gás brilhante que a compõem lembram as serpentes que compunham o cabelo de Medusa.